Artist Talk | João Onofre

Conversa em torno de três obras.

Nesta conversa o artista abordará alguns dos conceitos mais relevantes da sua obra – indeterminação, endurance e performance delegada para a câmara – a partir de três filmes da sua autoria: Untitled (leveling a spirit level in free fall feat. Dorit Chrysler’s BBGV dub), 2009; Tacet, 2014 e Untitled (zoetrope), 2018-19.

Untitled (leveling a spirit level in free fall feat. Dorit Chrysler’s BBGV dub) documenta as tentativas de um campeão europeu de queda livre de estabilizar um nível de bolha durante a execução de cinco saltos em queda livre, a 200km/h, em diferentes alturas do dia, ao som do tema dos Beach Boys, “Good Vibrations”, interpretado em theremin por Dorit Chrysler.

Em Tacet um pianista interpreta a obra 4’33’’ de John Cage, depois de preparar o piano com líquido inflamável para posteriormente o incendiar.

Em Untitled (zoetrope), um travelling circular ininterrupto de 2h22’ documenta a atuação de um coro de gospel e de uma banda de 4 elementos que interpretam ao vivo o tema original dos Foreigner, “I want to know what love is”, e as tentativas sucessivas de 18 jogadores de rugby de entoar o refrão do tema num microfone suspenso no centro do palco antes de serem placados pelos seus colegas.

João Onofre nasceu em Lisboa em 1976, onde vive e trabalha. Estudou na Faculdade de Belas Artes de Lisboa, tendo concluído o Master of Fine Arts no Goldsmiths, University of London no Reino Unido em 1999 e o Doutoramento em Arte Contemporânea no Colégio das Artes da Universidade de Coimbra em 2018. Em 2022 foi distinguido com o Prémio Universidade de Lisboa/CGD na área de Artes. As suas exposições recentes incluem: Untitlted (in awe of), Cristina Guerra Contemporary Art, Lisboa (2023); Untitled (It’s About That Time), Rialto6, Lisboa, (2023); João Onofre, Daniel Faria Gallery, Toronto (2021); Once in a Lifetime [Repeat], Culturgest, Lisboa (2019). Entre as suas exposições individuais destacam-se: I-20, Nova Iorque (2001, 2006); P.S.1. / MoMA Contemporary Art Center, Nova Iorque (2002); Nothing Will Go Wrong, MNAC, Lisboa, e CGAC, Santiago de Compostela (2003); Project Space Kunsthalle Wien- Karlsplatz, Viena (2003); Magazin 4, Bregenz (2004); Galeria Toni Tàpies, Barcelona (2002-2005-2007); Cristina Guerra Contemporary Art, Lisboa (2004-2007- 2012); Fundació Joan Miró, Barcelona e Palais de Tokyo, Paris (2011); Marlborough Contemporary, Londres (2014); Kunstpavillion, Munique (2015); Appleton Square, Lisboa (2016); Untitled (orchestral), MAAT, Lisboa (2017). Integrou inúmeras exposições colectivas internacionais, entre as quais se distinguem: Plateau of Humankind – The 49th Venice Biennale; Human Interest, Philadelphia Museum of Art, Philadelphia; Youth of Today, Schirn Kunsthalle, Frankfurt; Performing Bodies, Tate Modern, Londres; Video, An Art, A History 1965-2005 New Media collection, Centre Pompidou, Paris; Sydney-Contemporary Art Museum; Fundació La Caixa, Barcelona; Taipei Fine Art Museum, Taiwan; Postscript: Writing After Conceptual Art, Denver Museum of Contemporary Art, Denver; Punk. Its Traces in Contemporary Art, CA2M, Madrid; Atrium, Vitoria- Gasteiz; MACBA, Barcelona. O seu trabalho está incluído em diversas colecções públicas e privadas internacionais, entre as quais: Museum of Contemporary Art (MCA), Chicago; Buffalo AKG Art Museum, Buffalo, Nova Iorque; Centre Pompidou – MNAM/CCI, Paris; The Weltkunst Foundation, Zurique; Fundación ‘la Caixa’, Barcelona; Fundação de Serralves – Museu de Arte Contemporânea, Porto; Fundação Calouste Gulbenkian – CAM, Lisboa; Museu do Chiado (MNAC), Lisboa; Galleria Civica d’Arte Moderna e Contemporanea (GAM), Turim; Fundación Botín, Santander; FRAC Corsica, Córsega; Fundação EDP, Lisboa; Norton Museum of Art, Palm Beach, Florida; Mildred Lane Kemper Art Museum, St. Louis, Missouri; Fondazione Sandretto Re Rebaudengo, Turim; Centre National des Arts Plastiques (CNAP) – Ministère Culture, Paris.