Performance | Texturas | Coletivo Algarve Art Lab

O espetáculo apresentado pelo Coletivo Algarve efetua um cruzamento disciplinar entre a música instrumental performativa e a média-arte generativa.

Como elemento central da performance visual generativa, que decorre em simultâneo com a performance musical, estão as texturas do Geoparque Algarvensis, manipuladas em tempo real, como se de um instrumento musical se tratasse, e ainda visualizações acionadas pelos movimentos dos músicos, captados e processados também em tempo real.

Na seção sónica, uma componente computacional vai adicionando características às potencialidades acústicas tradicionais de uma marimba e de um clarinete,  assumindo uma parte importante no diálogo musical por intermédio do uso de algoritmos de Interactive Machine Learning (IML), tornando possível que a resposta musical da componente computacional evolua, alterando as respostas sónicas.

Desta forma, a junção destes vetores – performance musical e arte visual generativa trabalhando as texturas geológicas do território algarvio – complementam-se num espetáculo generativo e imersivo.

Coletivo Algarve Art Lab

Dos atuais elementos do coletivo, quatro são atuais ou ex-alunos (doutorados) do Doutoramento em Média-Arte Digital. Em palco estarão esses quatro elementos.

 

João Faria

É um programador criativo e artista multimédia baseado no Porto. O seu trabalho inclui o envolvimento em eventos da demoscene – um movimento de arte digital produzida por computadores em tempo real, a participação em livecoding – programação de gráficos ao vivo, a contribuição para performances, como também vários projetos musicais ao longo dos anos.

Luís Marques

É natural de Évora frequentou a Universidade de Évora onde se licenciou em Engenharia Informática. Trabalha como software developer desde 2008, sendo a sua especialidade liguagens .NET, e como database developer em bases de dados como MS-SQL ou OracleDB. No seu percurso como programador já participou em projetos na Suiça, Alemanha, França e Inglaterra. Em 2021 mudou para uma empresa de AI tendo participado em dois projetos: um chatBot e uma TimeSeries database.
Como freelancer ajuda na criação de artefactos, tendo já participado em dois. In.S.Pitch para o MuseuZer0 e MAD Clarinet 2.1 na conferência internacional ARTeFACTo2022MACAO.

ARTISTAS EM PALCO

Pedro Alves da Veiga

É um artista e investigador doutorado em Média-Arte Digital pela Universidade do Algarve e Universidade Aberta. É Professor Auxiliar na Universidade Aberta, onde é Subdiretor do Doutoramento em Média-Arte Digital. Esteve ligado à atividade empresarial durante mais de duas décadas, e desenvolveu trabalhos premiados de webdesign e multimédia. É membro integrado do Centro de Investigação em Artes e Comunicação, e colaborador do ID+ Instituto de Investigação em Design, Media e Cultura. Participa regularmente em projetos na fronteira entre arte, ciência e tecnologia, incidindo os seus interesses de investigação na influência das economias da atenção e experiência no ecossistema da média-arte digital; métodos de investigação baseada em arte; hactivismo e artivismo; e curadoria de média-arte digital. Desenvolve atividade artística em assemblage, programação criativa generativa e audiovisuais digitais. Tem exposto as suas obras, individual e coletivamente, em Portugal, Brasil, Espanha, França, Itália, Holanda, Roménia, Rússia, China, Tailândia e EUA.

Rui D’Orey

Nasceu em 1983 no Porto, em Portugal. O forte interesse e a curiosidade pelo mundo dos computadores e da informática tornaram-se evidentes desde criança. Em 2005 concluiu o curso técnico de programação na Escola Secundária Fontes Pereira de Melo, no Porto, ingressando posteriormente na licenciatura em Ciência de computadores na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, onde se destacou nas disciplinas de computação gráfica e inteligência artificial. Nesta senda, conseguiu acesso a uma bolsa de investigação no Porto Interactive Center, laboratório de Computação Gráfica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, onde durante 2 anos teve a oportunidade de trabalhar com motores de jogo, sistemas de interação como Kinect e LeapMotion, de desenvolver aplicações de Realidade Virtual usando HMDs de várias gerações, bem como criar aplicações para fazer scan facial e conversão para 3d. Uma das aplicações que implementou, em colaboração com um artista (Xenxo G. Álvarez) – a aplicação Virtual Mirror – venceu o 1o prémio da competição de ideias de negócio da UP, iUP25K 2015 – projeto “FaceDecode”. Desde 2015 tem tido a oportunidade de integrar diversos projetos, de trabalhar em várias empresas, em departamentos de R&D, focando-se principalmente em contexto de jogos (3D/VR/AR) e em contexto web (Frontend/Backend), o que lhe permitiu desenvolver alguma polivalência nesses dois meios. Tem estado, ainda, envolvido no trabalho com a sua agência de programação, que integra outros programadores e artistas. Este ambiente marcadamente tecnológico e desafiante tem proporcionado a possibilidade de abraçar vários tipos de projetos e desempenhar diferentes funções, das quais destaca os papéis de gestor de projeto, diretor artístico e programador. Atualmente, tem-se focado sobretudo no desenvolvimento de aplicações relacionadas com metaversos 3d web, assim como na frequência do Doutoramento de Média-Arte Digital da Universidade Aberta/Algarve.

Rui Travasso

É natural de Évora, começou a estudar piano aos sete anos de idade e com nove ingressa na banda filarmónica da cidade para aprender clarinete. Licenciou-se na Escola Superior de Música de Lisboa e na Academia Nacional Superior de Orquestra; fez uma pós-graduação em performance clássica na Zuid-Nederlandse Hogeschool voor Muziek (Holanda); e mestrado em Ensino da Música no Instituto Piaget de Almada. Realizou ainda uma pós-graduação em Administração Escolar e Educacional e é doutorando em Média-Arte Digital. Rui encara a música como uma forma artística, não se restringindo a um estereótipo. Esta visão proporcionou-lhe colaborações, tanto ao vivo como em estúdio, com Primitive Reason, Joana Amendoeira, LUME, entre outros. Fora da música, exerce uma exploração artística ativa expondo os seus artefactos, por exemplo, em projetos do MuseuZer0 ou em eventos como o ARTeFACTo2022MACAO. Publicou diversos artigos académicos e gravou álbuns a solo, sendo de destacar o Letters From Quarantine editado pela Odradek Records e apoiado pela Antena2. É Solista A da Orquestra Clássica do Sul, fazendo parte da orquestra desde 2013. Rui é ainda Artista Yamaha e D ́Addario Reserve Player.

Vasco Ramalho

Nasceu em 1982 em Reguengos de Monsaraz – Portugal. Iniciou os seus estudos musicais com 12 anos na Escola Profissional de Música de Évora, curso que concluiu em 2000 com elevada classificação. No mesmo ano ingressou na Universidade de Évora onde se Licenciou em percussão no ano 2005. Enquanto aluno desta instituição foi distinguido com uma bolsa de mérito dois anos consecutivos, prémio atribuído aos melhores alunos de cada curso. Entre 2006 e 2008 frequentou uma Pós-Graduação em marimba solista no Royal Conservatory Antwerp – Bélgica – com o professor Ludwig Albert. Participou em vários cursos e festivais internacionais dos quais se destaca: Zeltsman Marimba Festival 2003 que decorreu em Aplleton – WI – USA; Ludwig Albert Academy 2006 – Belgica; Keiko Abe Academy 2007 – Bélgica onde trabalhou com Keiko Abe; IPEW 2008 e 2019 – Croácia. Festival de música da UÉ 2013, Tomarimbando 2014 e 2017, Percussion Friends 2017 no Conservatório de Amsterdão, entre outros. Desde que iniciou a sua carreira docente no ano 2004, Vasco Ramalho teve como principal objetivo desenvolver a percussão. No ano 2006 Academia de Música de Lagos e o Conservatório de Portimão e no ano 2007 o Conservatório de Lagoa e o Conservatório Regional de Vila Real de Santo António mais recentemente a classe de percussão do Conservatório de Música de Loulé – Francisco Rosado. É diretor artístico das sete edições já realizadas do Festival Internacional de Percussão de Portimão, diretor artístico do I e II Festival Internacional do Alentejo Central e do I e II Festival Internacional de Percussão de Évora. Foi também diretor artístico da VII edição da Ludwig Albert Summer marimba Academy em 2014. Em Julho de 2017 lançou o seu primeiro CD, Vasco Ramalho – Essências de Marimba, Fados & Choros. Apresentou-se em publico cerca de meia centena de vezes em várias cidades de Norte a Sul do país com este seu projeto. Desde Abril de 2012 que Vasco Ramalho é artista Adams, uma das mais conceituadas marcas de instrumentos de percussão a nivel mundial, e desde 2019 das marcas Inovative Percussion, Zildjian e Remo. É doutorando em Média Arte Digital na Universidade do Algarve/Universidade Aberta.