mouraof 

PORTUSCALE de ALGHARB

QUADRO CINEMATOGRÁFICO DA ESCOLA DO PORTO PARA A SERRA ALGARVIA



Conceito

O trabalho é uma videoarte que tem como objetivo criar uma experiência imersiva e sensorial para o espectador através de uma sequência de planos pela serra algarvia. Utilizando uma mistura de imagens naturais e abstratas, a obra procura destacar a beleza e grandiosidade da natureza, bem como a relação entre o ser humano e o meio ambiente.

A cena começa com uma ampla panorâmica da serra, mostrando as montanhas, a vegetação e a fauna local. A música eletrónica, com notas calmas e etéreas, começa a ser ouvida, acompanhada por sons da natureza, como o canto dos pássaros e o som do vento. À medida que a câmara se aproxima da vegetação, os sons da natureza são amplificados, dando a impressão de que o espectador está lá, no meio da natureza.

Conforme a câmara se move pela paisagem, são utilizadas técnicas de transição suave, que criam uma sensação de continuidade e fluidez. A imagem mostra detalhes da vegetação, como folhas, flores e troncos de árvores, bem como animais, como borboletas e pássaros. A música eletrónica acompanha a mudança na paisagem, tornando-se mais intensa quando a imagem mostra a grandiosidade da serra.

Em um determinado momento, a imagem concentra-se numa rocha, mostrando as suas texturas e cores. A câmara aproxima-se da rocha, permitindo ao espectador ver detalhes da textura e das plantas que crescem ao seu redor. Neste momento, a música eletrónica e os sons da natureza fundem-se com sons abstratos, criando uma sensação de transformação e de renovação.

A imagem começa a distorcer-se, criando uma sensação de movimento e fluidez. A imagem da rocha é fundida com outras imagens abstratas, como formas geométricas e linhas que se movem no ecrã. Gradualmente, a imagem volta a mostrar a paisagem natural da serra algarvia, agora com uma sensação de transformação e renovação. A música eletrónica volta ao seu ritmo suave e calmo, agora acompanhada pelos sons tranquilos da natureza.

No final, a cena termina com uma imagem ampla da serra, acompanhada pela música suave e pelos sons da natureza. O espectador é convidado a refletir sobre a importância da preservação do meio ambiente para as gerações vindouras e da relação entre o ser humano e a natureza.


Instruções de utilização

O artefacto é projetado para ser exibido num monitor com dimensões generosas em ambiente adequado, onde os espectadores possam imergir na experiência visual e sonora proporcionada pela videoarte. A obra não prevê interatividade direta com o artefacto, mas é importante considerar a acessibilidade para todos os visitantes. Para a montagem do artefacto, será necessário dispor de equipamentos audiovisuais adequados, como ecrã, computador e respetiva cablagem.

Objetivo de intervenção/comunicação 

O espaço de exposição foi desenhado para proporcionar uma imersão completa na videoarte. Com a ocupação de parte de uma sala escura com projeção em ecrã, garantindo que os visitantes tenham uma visão clara e desobstruída do artefacto.

O design visual da exposição deve refletir a atmosfera da videoarte. Pode-se considerar o uso de iluminação adequada para criar um ambiente imersivo e destacar as imagens e cores presentes na obra.

O artefacto é parte integrante de uma exposição coletiva de nome RIZOMA.

“RIZOMA parte de um tronco comum, a Média-Arte Digital enraizada na sociedade contemporânea, onde cada artista representa uma ramificação, evocando um processo híbrido e artístico, não linear e mutável. Cada um dos artistas fez brotar, nos seus ramos, intervenções transdisciplinares para criar arte digital, que por si só darão origem a novas ramificações generativas que se poderão conectar entre si, sustentadas pela interação dos participantes (público).”


Diário Digital de Bordo

https://www.tumblr.com/mouraof


Tecnologias e técnicas utilizadas

O artefacto consiste numa videoarte que apresenta uma sequência de planos da serra algarvia. Os planos incluem imagens naturais e abstratas, que procuram transmitir uma experiência imersiva e sensorial ao espectador. Os planos foram capturados na serra algarvia com recurso a uma lente f1.8. O artefacto foi editado com software de edição de vídeo Adobe première.


Referências e influências estéticas

A obra faz parte da Escola do Porto, um movimento artístico que se caracteriza pela experimentação e inovação no campo audiovisual. Além disso, o artefacto pretende explorar a relação entre o ser humano e o meio ambiente, enfatizando a importância da preservação da natureza.


mouraof nasceu na cidade do porto no ano da graça de 1972, é bacharel em Cinema e Vídeo e Licenciado em Arte e Comunicação ramo Audiovisual pela Escola Artística do Porto. Pós-graduado em tecnologias multimédia pela faculdade de engenharia da universidade do porto. Docente de audiovisuais e multimédia e assistente convidado do Instituto Politécnico de Castelo Branco. Doutorando em média-arte digital pela Universidade Aberta e Universidade do Algarve. Artista e viajante das novas fronteiras.