Jantar com Artistas

Conversa e Jantar com Artistas

O jantar/convívio do retiro DMAD deste ano é também uma oportunidade para estabelecer contacto numa roda de conversa mediada por Dália Paulo, Diretora Municipal de Administração, Planeamento e Modernização Administrativa, da Câmara Municipal de Loulé, com os artistas algarvios Bertílio Martins e Vasco Célio, e o curador Miguel Cheta, sobre a exposição que se encontra patente na Galeria de Arte Municipal, no Convento do Espírito Santo, em Loulé.

Depois da visita à exposição, o jantar volante terá lugar às 20:00, na galeria do claustro, anexa às várias salas ocupadas pelo retiro DMAD.

Permaneço numa paisagem do infinito

Permaneço numa paisagem do infinito é uma exposição dos artistas Bertílio Martins e Vasco Célio, com curadoria de Miguel Cheta e Mirian Tavares. Através de técnicas diversas, do desenho à fotografia, passando pela pintura e pela instalação, os artistas estabelecem um diálogo consigo mesmo, com os espectadores e com a ideia de morte, que nos assombra e que nos ensombrece. Mas a morte aqui é um gesto de criação, de reconhecimento do ciclo da vida – infinito, como as estrelas que permanecem a brilhar mesmo quando já se transformaram em pó.

Vasco Célio é um fotógrafo português nascido em Angola em 1975. Veio para Portugal em criança e desde então reside no Algarve. É a partir desta região que desenvolve uma profunda reflexão permanente, centrada num olhar documental sobre Portugal, sobre a Europa e sobre África. Esta constante pesquisa fotográfica já teve como resultado a publicação de livros e de álbuns fotográficos, além de exposições – tanto a solo como em conjunto com instituições, curadores, investigadores e outros artistas.

 

Bertílio Martins nasceu em Tavira em 1984, trabalha em Faro. Em 2011, completou a licenciatura em Artes Visuais pela Universidade do Algarve e posteriormente, em 2016, obteve um Mestrado em Comunicação Cultura e Artes pela mesma instituição.
Desde 2010, participa em várias exposições coletivas e individuais entre as quais  destaca: “Entre Vazios” na Associação 289”, Faro, em 2021, “289”, Projeto Pedro Cabrita Reis na Associação 289, Faro, em 2018; REINVENÇÕES: 100 Anos da Conferência Futurista de Almada Negreiros, São Luís Teatro Municipal, Lisboa, em 2017. “()”, Ermida de N. S. de Guadalupe, Vila do Bispo e “(In)coberto”, Galeria TREM, Faro em 2016. É um dos sócios fundadores da Associação 289, coletivo que, desde 2017, tem  promovido as Artes Visuais no território Algarvio.

Miguel Cheta nasceu em Loulé em 1970. Licenciado em Artes Visuais pela Universidade do Algarve, frequentou o MobileHome – escola nómada e experimental de arte contemporânea, dirigida por Nuno Faria em Loulé (2009/2012). Acredita que a arte tem um papel fundamental na educação e integração social. Tem participado em projetos educativos que cruzam o Património e a Educação com o processo artístico, tais como Lugares Mágicos da Direcção Regional da Cultura do Algarve, 10X10 da Fundação Calouste Gulbenkian e Arte Vezes Educação da Câmara Municipal de Loulé. Expõe regularmente e tem um corpo de trabalho multidisciplinar, refletindo na sua obra, enquanto ser social e político, a sua relação de proximidade com o território que ama e habita, este lugar periférico, paradigmático conhecido por Algarve.

Mirian Nogueira Tavares é Professora Associada da Universidade do Algarve. Com formação académica nas Ciências da Comunicação, na Semiótica e nos Estudos Culturais, tem desenvolvido o seu trabalho de investigação e de produção teórica nas áreas das estéticas fílmica e artística. Como professora da Universidade do Algarve, participou na elaboração do projeto de licenciatura em Artes Visuais, do mestrado e doutoramento em Comunicação, Cultura e Artes e do doutoramento em Média-Arte Digital. Atualmente é coordenadora do CIAC (Centro de Investigação em Artes e Comunicação) e vice-coordenadora do doutoramento em Média-Arte Digital.