Arte Generativa Aumentada – Teatro Generativo da Totalidade

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Nesta sessão serão apresentados e discutidos exemplos de introdução de interatividade e elementos humanos na arte generativa, a nível sonoro, visual, emocional e performativo, que possibilitem usar a média-arte digital (e a arte generativa) para promover o pensamento, análise, debate e a reflexão crítica, através da expressão artística.

Através de uma viagem às raízes e tendências atuais da arte generativa, passando pela padronização, L-systems (sistemas de Lindenmayer) e L-systems estocásticos, até à proposta do Teatro Generativo da Totalidade, iremos demonstrar como a arte generativa pode ser usada para criar experiências multissensoriais e multimédia complexas dentro de parâmetros estéticos pré-determinados, característicos das artes do espetáculo e notavelmente adequados para abordar a visão do Teatro da Totalidade de Moholy-Nagy e do Teatro Total de Walter Gropius.

Nas obras de arte generativas, o artista geralmente assume o papel de um designer de estruturas de experiência, e o sistema evolui livremente dentro dessa estrutura e dos limites estéticos definidos.

O poema Taroko Gorge é um exemplo de progressão de um sistema generativo literário dentro dos limites de vocabulário e construção sintática e semântica definidos pelo seu autor (Nick Monfort). A cada visita à página o poema renova-se em tempo real.

Se é certo que a maior parte da arte generativa se desenvolve no campo das artes visuais, da música – incluindo livecoding e vj-sets – e da literatura, não é menos certo que ela representa um enorme potencial transmédia ainda largamente inexplorado.

Nesse sentido iremos propor uma forma de arte generativa performativa, através de técnicas de mapeamento sobre as sete variáveis definidas por Moholy-Nagy: luz, espaço, plano, forma, movimento, som e humano, sendo que a variável humano é, ela própria, entendida como um subsistema com elevado grau de autonomia, generativo só por si.

No debate, explorar-se-ão as complexidades emergentes, e procurar-se-á que a sua materialização resulte em obras não abstratas, possivelmente surreais, com o objetivo de estimular a (provoc)ação direta, os imaginários urbanos, as organizações alternativas de ideias e pensamento, a aprendizagem coletiva, saindo fora das relações criativas pré-programadas pela generalidade das plataformas e aplicações, subvertendo-as em nome próprio e usando-as para fins distintos dos originais (art-hacking).


Recursos adicionais:

Bibliografia:

Veiga, P. A. (2017). Generative theatre of totality. Journal of Science and Technology of the Arts9(3), 33-43.

Literatura Generativa:

Música Generativa:

Teatro Generativo:

Entretenimento Visual Generativo:

Caos e ordem


21 julho 12:00 – 13:30

Palavras-chave: interatividade, generatividade, participação, parametrização, Bauhaus, amplificação

Formato da sessão:

12:00 – visionamento de pré-gravação em vídeo (ver vídeo acima, ver transcrição textual aqui)

12:30 – videoconferência para debate

Endereço de videoconferência: https://videoconf-colibri.zoom.us/j/99053466961


 

Pedro Alves da Veiga

é um artista e investigador transdisciplinar, licenciado em Engenharia Informática pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, pós-graduado em Estudos Avançados de Média-Arte Digital pela Universidade Aberta e doutorado em Média-Arte Digital pela Universidade do Algarve e Universidade Aberta.

Exerce a atividade de docente no Departamento de Ciência e Tecnologia da Universidade Aberta e ainda na Cascais School of Arts & Design, tendo estado ligado durante mais de duas décadas à atividade empresarial, e contando com vários prémios de webdesign e multimédia.

É membro integrado do CIAC, colaborador do ID+ e partilha regularmente resultados da sua investigação em conferências e publicações científicas especializadas sobre o papel social e as influências das economias da atenção e experiência no ecossistema da média-arte digital.

Desenvolve ainda atividade artística em assemblage, programação criativa generativa e audiovisuais digitais. As suas obras já foram expostas individual e coletivamente em Portugal, Espanha, Holanda, Roménia, Rússia, China, Tailândia e Estados Unidos da América.

Site pessoal: pedroveiga.com